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BIOBANCO INSTITUCIONAL DO CAISM UNICAMP

O Biobanco Institucional do CAISM armazena material biológico de 3 grandes áreas de estudo: Oncologia, Ginecologia e Obstetrícia. Para informação e divulgação científica, surgiu a necessidade de criação de uma plataforma online que reúna as principais informações sobre o Biobanco Institucional do CAISM, entre elas, produção acadêmica relacionada, protocolos de coleta dos materiais biológicos, projetos em andamento e colaborações. Inicialmente, o site refere-se apenas à Obstétrica, com enfoque no armazenamento placentário, porém, uma nova versão, englobando todas as áreas que compõem o Biobanco está em processo de desenvolvimento. 

O Biobanco institucional do CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher) realiza coleta e armazenamento de material placentário desde 2016, com o propósito de apoiar pesquisas futuras e atuais no campo da obstetrícia.
CONHEÇA
Biobancos

 

Biobancos são estruturas institucionais que se propõem a realizar a guarda de material biológico diverso, para uso em pesquisas atuais ou futuras. Junto do material biológico, são arquivadas informações clínicas relevantes. Desta forma, podem-se realizar pesquisas clínicas e laboratoriais com o material armazenado, tornando-as mais ágil frente novos desafios (como infecções por vírus emergentes, por exemplo). O Biobanco Institucional do CAISM (Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher) realiza coleta e armazenamento de material placentário desde 2016, com cerca de 250 casos incluídos (com diversas patologias).

Coleta

 

A coleta das placentas ocorre de forma sistemática, ou seja, existe um protocolo institucional que determina como deve ser realizada, para que assim, todas sejam feitas da mesma maneira. As amostras biológicas devem ser coletadas e processadas em um curto espaço de tempo para manter a integridade do material. No caso das placentas, são retiradas amostras de diferentes regiões e tecidos que a constituem. Todas as mulheres que se incluem nos critérios do protocolo são convidadas a fornecer seu material biológico, mediante à assinatura de um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Dessa forma, existem amostras de mulheres saudáveis e com as mais variadas patologias, como lúpus, anemia falciforme, pré-eclâmpsia, entre outras.

Pesquisa

 

A existência do Biobanco Institucional do CAISM permite que a comunidade científica tenha acesso de forma mais rápida e simples às amostras de material biológico, e assim as utilize para o avanço e desenvolvimento de novos projetos de pesquisa. Isso otimiza o tempo do pesquisador, pois não há necessidade de acompanhar participantes e realizar as coletas, uma vez que todo esse processo já foi realizado e catalogado pelo Biobanco. 

MATERIAL INFORMATIVO
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O PAPEL DE UM BIOBANCO EM HOSPITAL REFERÊNCIA EM SAÚDE DA MULHER

Entrevista com Dra. Maria Laura, especialista em morbidade materna, hipertensão e biologia placentária, discorrendo sobre o biobanco do CAISM

Entrevistador: Como surgiu a ideia do Biobanco? Dra. Maria Laura: Surgiu como uma necessidade para um hospital que é liderança em assistência e pesquisa, como uma pós-graduação muito forte. A pós-graduação é a única com a nota máxima, a CAPES nota 7. O biobanco surgiu inicialmente liderado pela iniciativa da oncologia, como uma possibilidade de armazenar e estudar o material de pacientes com neoplasia, principalmente de mama e ovário. Depois disso, com o biobanco implementado, surgiu a possibilidade de ampliação para a obstetrícia, que se deu na mesma época da ascensão da epidemia de Zika Vírus. Assim que o vírus surgiu com um impacto, como a má formação materno fetal em um mecanismo desconhecido na época, obteve-se a possibilidade de guardar o material de pacientes infectados através da estrutura de um biobanco via pesquisa. Nesta época, a professora estava voltando de um pós no exterior estudando placenta e trouxe a experiência de lá com um biobanco de obstetrícia e teve a possibilidade de um financiamento através de um edital de pesquisa do CNPq. ​Entrevistador: Sobre a sua jornada em pesquisas dentro do CAISM. Dra. Maria Laura: A maior parte das pesquisas clínicas em morbidade e mortalidade materna, então sentiu-se a necessidade de aproximar a pesquisa clínica com a pesquisa básica, sendo essa ponte conhecida como pesquisa translacional: fazer uma pesquisa em laboratório, mas com objetivo de conversar com a parte clínica. O seu treinamento no interior foi para ampliar seu conhecimento em pesquisa básica, podendo aplicar no Brasil ambas as partes.  ​Entrevistador: A experiência da Dra. Maria Laura com biobancos. Dra. Maria Laura: Os principais desafios do biobanco na obstetrícia são as diferenças em relação a outras áreas, como oncologia, em que as cirurgias, por exemplo, são marcadas, enquanto na obstetrícia existe um tempo limite de coleta de material e, na maioria das vezes, os partos não são programados. Os desafios aumentam pelo fato do CAISM ser um hospital universitário, em que as equipes em formação e treinamento são trocadas constantemente. Sendo assim, é necessário equipes comprometidas e parcerias com equipes assistenciais, para que os casos sejam identificados e armazenados em geladeiras, para que assim a equipe de coleta seja devidamente alertada. ​Entrevistador: Com a pandemia, as gestantes que tiveram COVID-19 e deram a luz teriam suas placentas coletadas? Dra. Maria Laura: Sim, as placentas de COVID-19 estão sendo coletadas, mas não estão sendo adicionadas no biobanco, pois no início da pandemia não havia ainda uma regulamentação oficial sobre a preparação e armazenamento das amostras em biobanco. Entretanto, em uma próxima fase do programa de COVID da professora Maria Laura, as placentas contaminadas serão adicionadas ao biobanco, com protocolos instaurados. ​Entrevistador: Qual seria a importância do biobanco? Dra. Maria Laura: O biobanco é uma oportunidade de garantir pesquisas futuras, para condições raras que demorariam muito tempo para fazer pesquisas individuais. Caso seja necessário o estudo de uma condição rara, o biobanco permite o acesso a placentas já previamente armazenadas, garantindo a possibilidade de maiores e melhores colaborações em pesquisas, podendo acelerar descobertas e experimentos. Além disso, o biobanco possui uma regulamentação ética muito importante, pois para retirar o material já armazenado e utilizá-lo em outras pesquisas, é necessário uma aprovação ética tanto da pesquisa quanto do próprio biobanco. ​Entrevistador: Quando uma paciente doa sua placenta para o biobanco, ela ainda possui propriedade sobre o material? Dra. Maria Laura: Quando a paciente assina o termo de consentimento, isto é, a autorização para coleta e armazenamento de material, existe uma pergunta específica sobre pesquisas futuras, como por exemplo: “você autoriza que sejam realizados outros estudos com seu material?” Assim, a paciente pode negar ou autorizar sem a necessidade de contatá-la futuramente. Caso ela autorize o uso da placenta mediante o contato futuro, a equipe deverá contatá-la e ela terá que assinar outro termo de consentimento.  ​Entrevistador: Como é a reação das mulheres que doam sua placenta para o biobanco? Dra. Maria Laura: Felizmente, a experiência tem sido muito positiva, pois poucas mulheres recusaram a participação, cuja maioria das vezes a situação é convertida com a conversa e explicação da equipe de coleta. Nesses casos, as pacientes são orientadas a entender que a participação ou a recusa dela no projeto não interfere em seu atendimento hospitalar. Em questão das pacientes que recusam a participação, o principal motivo seria a abordagem da equipe em um momento de pós parto, em que a mulher está cansada ou em dor. Sendo assim, existem protocolos criados para que a equipe possa abordar corretamente as pacientes em momentos delicados. Em casos graves, em que a paciente se encontre desacordada, entubada, na UTI ou em casos de morte no parto, a equipe de coleta deve contatar o responsável legal da paciente para poder realizar a retirada do material.

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